Tudo sobre a London Eye: das curiosidades às superstições

A roda-gigante mais famosa de Londres é hoje também a atração paga mais visitada do Reino Unido. Seu charme e imponência atraem turistas de toda parte e até celebridades, como Kate Moss e Jessica Alba, que já estiveram por lá mais de 20 vezes cada.

Mas as curiosidades não param por aí. A construção da London Eye também foi cheia de desafios e reviravoltas.

A roda-gigante mais famosa de Londres - London Eye

Neste artigo você vai encontrar:

História

Londres, década de 1990. A virada do milênio se aproximava. Era preciso fazer algo grande, imponente, para marcar essa importante passagem. Foi assim que nasceu a ideia da London Eye, a roda-gigante mais famosa de Londres (e talvez do mundo).

Quem nunca se imaginou dando uma voltinha em uma de suas cabines, admirando as luzes londrinas e vendo a cidade do alto? Pois chegou a hora de conhecer tudo sobre a história, as curiosidades e as formas de visitar este que se tornou um verdadeiro símbolo do Reino Unido.

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O concurso

Tudo começou em 1993, quando o jornal The Sunday Times e a Architecture Foundation lançaram um concurso para celebrar a chegada do novo milênio. A competição iria escolher o projeto de um novo monumento para Londres.

Pensando nisso, os arquitetos David Marks e Julia Barfield idealizaram uma roda-gigante com cabines fixas e janelas de vidro que possibilitariam uma visão completa da cidade.


A competição do jornal acabou não acontecendo, mas a London Eye, sim! David e Julia não deixaram a ideia de lado e levaram o projeto adiante com recursos próprios.

Claro que o risco do projeto não sair do papel ainda era enorme. E o empreendimento passou mesmo por uma série de obstáculos, que fizeram a mídia inglesa da época apelidá-lo de wheel of misfortune (roda do infortúnio, numa tradução livre).

Porém, meses mais tarde, a British Airways entrou no jogo. Em parceria com o escritório dos arquitetos, a gigante da aviação bancou a ideia.

Visão da construção da London Eye às margens do Tamisa

Jim Linwood

Construção

O próximo dilema da obra foi logístico: como transportar uma roda-gigante de 120 metros de diâmetro pelas ruas estreitas de Londres? A solução foi construí-la já no seu local definitivo, às margens do rio Tâmisa.

Grande parte do material para a construção do monumento escolhido para marcar o milênio foi transportado até lá de balsa. E os fornecedores estavam por toda a Europa: as rodas foram produzidas na Holanda, as cabines fabricadas na França e as janelas feitas na Itália.

Em setembro de 1999, a roda-gigante estava finalmente próxima de ser concluída, quando um cabo se rompeu e adiou em mais um mês e meio o fim da obra. Após um ano e quatro meses de trabalho, a inauguração foi marcada para o dia 31 de dezembro de 1999, às vésperas da virada do milênio.

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Inauguração

Estava tudo pronto e a expectativa pelo novo monumento era enorme. O então primeiro-ministro, Tony Blair, faria sua abertura. Porém, uma das cabines não foi aprovada em um teste de segurança.


A inauguração ocorreu como previsto, e na passagem para o novo milênio, a roda-gigante completou uma volta solitária, sem passageiros. Apenas alguns meses depois, já no ano 2000, a London Eye foi de fato aberta ao público.

Suas 32 cápsulas representam os 32 bairros de Londres. E para espantar o azar que permeou a construção da obra, as cabines são numeradas de 1 a 33, pois o número 13 foi pulado!

a roda gigante mais famosa de Londres

A maior roda-gigante do mundo

Com 135 metros de altura, a London Eye se tornou a maior roda-gigante do mundo, superando os 115 metros de sua predecessora situada em Odaiba, no Japão. A roda-gigante mais famosa de Londres ocupou esta posição por seis anos, até ser ultrapassada pelos 160 metros da chinesa Star of Nanchang.

Este marco já foi superado mais algumas vezes de lá para cá, com a Singapore Flyer (Singapura) e a High Roller (EUA). E em 2021 o recorde mundial deve ser batido pela Ain Dubai (Emirados Árabes Unidos) com altura prevista de 210 metros.

Entretanto, na Europa, a London Eye ainda reina como a maior roda-gigante. Pelo menos até 2021, quando a cidade de Moscou, na Rússia, planeja inaugurar sua versão do monumento com 140 metros de altura.

Até mesmo no Brasil surgiram atrações abertamente inspiradas na versão londrina, como a FG Big Wheel (Balneário Camboriú) e a Rio Star (Rio de Janeiro). E para 2021 está prevista a inauguração de uma roda-gigante de 90 metros no Parque Cândido Portinari, em São Paulo, que deve tirar da Rio Star o título de maior da América Latina.

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A roda-gigante mais famosa de Londres

Nos seus primeiros anos após sua inauguração, a London Eye atraiu principalmente visitantes londrinos. Hoje, porém, eles são minoria entre as cerca de 3,5 milhões de pessoas do mundo inteiro que visitam o monumento a cada ano.

Em 2006 foi instalado um sistema de iluminação em LED para destacar ainda mais o monumento após o pôr do sol. Hoje, quem caminha pelos arredores do rio Tâmisa pode apreciar, mesmo de longe, sua iluminação e imponência.

A roda-gigante mais famosa de Londres - London Eye

O passeio

A London Eye não é exatamente como uma roda-gigante de parque de diversões. Seu movimento é lento e as cápsulas ficam fixas no próprio eixo, o que possibilita uma viagem tranquila e confortável.

Suas cabines são modernas e espaçosas, com capacidade para 25 pessoas cada. O passeio dura 30 minutos, tempo em que a roda-gigante completa uma rotação inteira.

Durante o trajeto, os visitantes podem desfrutar de uma vista panorâmica da cidade, o que permite fotos belíssimas. Do alto, é possível avistar monumentos como o Big Ben, a Catedral de São Paulo e a Tower Bridge. Em dias claros, pode-se enxergar até 40 quilômetros de distância.

visão da cabine da London Eye

Londres é conhecida por seus dias cinzas e chuvosos, entretanto, se você tiver a sorte de fazer o passeio em um dia ensolarado, a London Eye pode se tornar ainda mais inesquecível, já que é possível observar o pôr do sol direto das cabines. Isso acontece nos meses de verão, quando a atração tem horário de funcionamento prolongado.

Ah, e vale a pena visitar a atração mesmo à noite, viu? As luzes da cidade deixam a paisagem ainda mais deslumbrante. Talvez por isso, a London Eye seja considerada um dos lugares mais românticos de Londres, figurando na lista dos 10 locais mais populares da Europa para pedidos de casamento.

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Como visitar

É possível visitar a London Eye comprando o ingresso simples ou um combo, que inclui outras atrações do grupo Merlin.

Outros ingressos especiais oferecem fila prioritária (ideal para quem tem pouco tempo na cidade), um passeio pelo rio Tâmisa ou uma Happy Half Hour (que inclui bebidas). Se você procura mais privacidade, também é possível reservar uma cápsula inteira para você. Como se a vista deslumbrante não fosse suficiente, a cabine privativa ainda oferece chocolate, champanhe e canapés!

Também vale a pena combinar a visita à roda-gigante com pontos turísticos dos arredores, como o Palácio de Buckingham, o Big Ben e a região de Westminster. No vídeo abaixo você pode conferir um roteiro super bacana de um dia em Londres, que inclui a London Eye e todo seu entorno.

Como você pôde ver no vídeo, a proximidade entre os locais de interesse turístico pode render um ótimo dia de passeio, já que é possível chegar até eles rapidamente a pé ou de metrô. E é impossível não notar o contraste entre a moderna roda-gigante e os demais monumentos londrinos, já que a cidade é cheia de construções históricas que sobreviveram através dos séculos.

Basta olhar para a margem oposta do rio para ver prédios centenários, como o Palácio de Westminster, a torre do Big Ben e a abadia de Westminster – que apesar de ter servido de cenário para o badalado casamento de Príncipe William e Kate Middleton, foi construída na Idade Média (sim, no século 13!).


É importante lembrar que, todos os anos, a roda-gigante fica fechada para manutenção por duas semanas no mês de janeiro. Por isso, vale a pena conferir no site oficial da atração o horário de funcionamento, que é diferente para cada mês do ano e pode mudar devido aos protocolos de proteção ao coronavírus.

Como chegar

Instalada à margens do Rio Tâmisa, em uma área conhecida como South Bank, a London Eye fica do lado oposto ao Parlamento e bem perto do Sea Life London Aquarium, outra importante atração da capital. Existem algumas opção para chegar até lá:

  • METRÔ: Esta é a melhor opção. As estações mais próximas são Embankment, Westminster, Charing Cross e Waterloo. As duas últimas também são estações de trem. Todas estão a poucos minutos de caminhada da roda-gigante.
  • ÔNIBUS: Use os números 77, 211 e 381. Esta é uma boa opção para quem tem vontade de subir a bordo os clássicos ônibus de dois andares.
  • ÔNIBUS ou BARCOS TURÍSTICOS: se você já comprou ticket para um destes passeios, é bem provável que eles te deixem perto da London Eye.
  • CARRO: Esta é a opção menos recomendada, já que a atração está em uma área com restrições para circulação de veículos. Verifique com calma estas informações e, caso opte por usar o carro mesmo assim, aproveite o convênio da London Eye com um estacionamento próximo, que dá direito a 15% de desconto no pré-agendamento.


Onde se hospedar

A escolha da hospedagem é bastante estratégica e deve considerar diversos aspectos, como preço, proximidade das estações de metrô e mesmo seu ânimo para caminhadas. Como falamos há pouco, é fácil acessar a London Eye usando transporte público, por isso não é vital se hospedar ao lado da atração para conhecê-la.

Deixamos abaixo uma lista com algumas ofertas de hospedagem na cidade. Se preferir, você pode ver a relação completa clicando aqui.



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Medidas de prevenção ao covid-19

Após quatro meses fechada, a London Eye reabriu no mês de agosto/2020. Desde então, a atração está seguindo uma série de cuidados para diminuir a chance de transmissão do coronavírus.

Os visitantes devem usar máscara durante a visita. Há máscaras disponíveis para compra na própria atração. Os pagamentos devem ser feitos com cartão por aproximação e a capacidade de público foi reduzida, com o objetivo de seguir as medidas de distanciamento social.

Além disso, a limpeza das instalações foi reforçada e a temperatura dos turistas está sendo medida na entrada. E, como regra geral neste momento, aconselha-se que os visitantes estejam em grupos de, no máximo, seis pessoas e que a compra dos tickets seja feita com antecedência.

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