E foi assim que descobrimos la bella Itália…

Viagem à Itália: Roma, Florença, Veneza e Cinque Terre

Após ter cancelado as duas últimas férias por conta de diversas reestruturações que vinham acontecendo no trabalho, as expectativas para minha primeira vez na Itália estavam especialmente altas. A Europa, de uma forma geral, é o meu destino preferido de férias, mas a decisão de visitarmos um único país partiu da minha esposa, que já havia morado na velha bota e sabia o que me aguardava por lá.

Embarquei na escolha dela e, ao fim de 20 dias de viagem, constatei o óbvio: a Itália é, com certeza, um dos lugares mais extraordinários do mundo!

Para o roteiro, decidimos que era necessário passar pelas cidades mais tradicionais, mas conseguimos encaixar alguns outros locais pelo caminho.

Continue essa viagem conosco rolando o texto para baixo ou clicando no próximo destino:

 

 

Viagem à Itália: Roma, Florença, Veneza e Cinque Terre

Maciek Lulko

Roma, cidade eterna

Como entramos e saímos da Itália por Roma. Foram três noites na chegada e quatro antes de nossa partida. Particularmente, essa foi a minha parte preferida da viagem. Roma é uma cidade sensacional, com locais incríveis para visitar e restaurantes espetaculares para conhecer.

Claro que isso tem um preço: a cidade é bastante cara. Lembremos que se trata de um dos locais mais visitados do mundo. Sendo assim, hospedagem e alimentação na cidade eterna vão obrigatoriamente lhe custar algumas centenas de euros.



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Planejamento

É possível encontrar lugares para ficar e comer com preços mais módicos? Sim. Mas os hotéis e albergues menos caros serão provavelmente mais distantes do centro histórico e principais pontos turísticos. E isso pode significar perder muito tempo em deslocamentos, pois, ao contrário de outras capitais europeias, o metrô romano não atende muitas partes da cidade.

Sendo assim, recomendo três regiões: Campo de Fiori, Barberini ou Trastevere. Todas são centrais, sendo as duas primeiras bem próximas da área turística e a última uma ótima alternativa para aproveitar a principal zona boêmia da Roma atual.

NÃO SABE ITALIANO?

Na hora de viajar, todos têm esta dúvida: é necessário falar o idioma do local para onde se está viajando?
Nós respondemos!

Chegada

O aeroporto de Roma é um tanto distante da região central da cidade e os táxis são a opção mais cara para este deslocamento. Há uma estação próxima ao aeroporto, onde é possível pegar o trem e leva à principal estação da cidade, Roma Termini. De lá, fica muito mais rápido (e barato) pegar um táxi até o local onde iremos nos hospedar.

Se seu horário de chegada for muito cedo, ou se por acaso estiver visitando a cidade por apenas um dia, vale ver a dica da Dani, do blog Trippolis, sobre . 😉

Roteiro

Uma vez instalado e com o chip para celular comprado, é hora de abrir os guias e mapas digitais e pé na rua. Em Roma, sempre que possível, vá a pé. Cada esquina vai te surpreender com uma ruína, uma igreja esplendorosa ou um palacete.

Viagem à Itália: Roma, Florença, Veneza e Cinque Terre

No mapa acima estão marcados os principais pontos turísticos de Roma e os restaurantes que visitamos e recomendamos. (Clique no mapa para ampliar)

Vai passar apenas um dia em Roma? Veja aqui nosso roteiro de um dia a pé na capital italiana!

Na minha opinião, a forma mais prática é visitar, em dias diferentes, o que está a oeste e norte do que está a sul e leste da Piazza Venezia. Contudo, alguns desses pontos precisam de um dia inteiro para a visita.

Foro Romano e Palatino

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Prepare-se para caminhar bastante. De todos os pontos turísticos de Roma, provavelmente este é o que vai consumir mais tempo e energia. O conjunto Foro Romano + Palatino é o principal sítio arqueológico da cidade eterna.

Extenso e de terreno razoavelmente acidentado, o Foro Romano conserva ruínas de alguns dos principais edifícios da antiga capital do império romano. Na Roma antiga, os fórums (ou foros) eram grandes praças em que estavam os principais prédios públicos da cidade: senado, tribunal e mesmo o palácio do imperador.

No mesmo complexo arqueológico está o Monte Palatino, onde estão as ruínas das residências de alguns dos principais imperadores de Roma, como a casa de Marco Aurélio e os palácios de Augusto, Tibério e Domiciano. Apesar de abranger uma área maior que a do Foro Romano, suas ruínas são menos interessantes.

Coliseu

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Uma das mais impressionantes construções do mundo fica bem perto do Foro Romano. O Coliseu não é o prédio mais rebuscado de Roma, nem era o mais importante quando a capital italiana era o centro político e econômico do mundo.

Pouco importa: esta é a construção mais embasbacante que você verá na Itália. E pensar que, quando concluído – ainda no século I -, podia receber mais de 50 mil espectadores; a capacidade foi ampliada para 90 mil pessoas poucos anos após a inauguração. Um público que muitos estádios de futebol hoje em dia não comportam…

O Coliseu é uma das maravilhas da arquitetura romana. Para se ter uma ideia, o local já permitiu batalhas navais. Isso mesmo: a arena era inundada por meio de dutos subterrâneos e pequenos navios, lá aportados, guerreavam entre si.

Não visitamos a parte “subterrânea” do Coliseu, mas parece ser uma visita tão interessante quanto a das arquibancadas. Abaixo da arena já existiram prisões, jaulas de animais, depósitos, banhos… Bom, de tudo um pouco. Uma visita bem feita ao Coliseu consome metade de um dia.



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Basílica de San Pietro in Vincoli

A Basílica seria só mais uma das quase mil igrejas de Roma, não fosse por uma determinada escultura de um certo artista chamado Michelangelo. É nela que está a estátua de Moisés, que motivou o famoso “parla” do artista ao terminá-la. Se a história é verdadeira ou não, pouco importa, pois a obra é mais um exemplar da absurda capacidade de Michelangelo de conceder uma perfeição incrível às suas esculturas.

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Bocca della Veritá e Circo Máximo (Circo Massimo)

No caminho para o Circo Máximo, é opcional visitar a Bocca della Veritá. O valor da peça é mais histórico que artístico: trata-se de uma das maiores e mais bem feitas peças da Roma pré-império. Há a lenda de que a boca “morde mão de mentiroso” e só isso já gera uma pequena fila. Mas da rua já é possível dar uma bela olhada na Bocca e seguir seu caminho.

Ao chegar ao Circo Máximo é possível ver uma praça com grama, mato e apenas fragmentos de ruínas. Mas ao pisarmos em seu interior, estamos no maior espaço de jogos da Roma antiga. O Circo chegou a ter capacidade para mais de 380 mil espectadores e foi uma importante arena de combate de bigas.

Dali, é também possível ver as ruínas das fachadas de alguns palacetes do Palatino.

Capitólio (Campidoglio)

O monte Capitolino é uma das sete colinas de Roma. Sua história é vasta: já foi sede de templos a Júpiter, Juno e Minerva, já sediou uma prisão (onde São Pedro e São Paulo ficaram encarcerados) e já foi bastião da resistência romana às invasões bárbaras. No século XVI, o Papa Paulo III encarregou Michelangelo de criar um novo projeto urbanístico para a praça do Capitólio. O desenho atual respeita o projeto original do artista, apesar de seu processo de urbanização ter terminado apenas no século XVII.

Hoje, o Capitólio abriga a prefeitura de Roma, a Basílica de Santa Maria in Aracoeli e os Museus Capitolinos.

Piazza Venezia

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Na praça Veneza, uma confluência de várias vias importantes do centro histórico de Roma, está localizado o monumento a Vitor Emanuel II. O prédio é bastante imponente e sedia o Museu de História Nacional da cidade. Não chegamos a visitá-lo, mas conhecer a fachada e chegar na entrada já vale a ida à piazza.

Largo Argentina e Campo de Fiori

O Largo Argentina é um complexo de teatros da Roma antiga. Ali fica o teatro de Pompeu, onde César foi assassinado. As ruínas desse complexo estão razoavelmente bem conservadas e várias colunas ainda estão por lá.

Bem perto do Largo está o Campo de Fiori (“campo das flores”, em italiano). Trata-se de uma ampla praça onde acontece, de segunda a sábado, a mais famosa feira a céu aberto de Roma. Lá são vendidos vários tipos de quinquilharias além de frutas, legumes, massas, temperos, pescado e, obviamente, flores.

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Piazza Navona

Na piazza Navona está localizada a embaixada do Brasil na Itália. O prédio, apesar de suntuoso, obviamente não é a principal atração do local. Na praça, fica a igreja de Santa Inês em Agonia, reformada por Francesco Borromini, um dos mais importantes arquitetos do Renascimento. Mas a grande atração é a Fonte dos Quatro Rios, de Bernini. A obra é colossal, com estátuas bastante impressionantes.

Panteão (Pantheon) e Piazza della Minerva

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Uma das construções mais bem conservadas da Roma antiga é o Panteão, onde estão os túmulos de Rafael e dos reis Vittorio Emanuele II e Umberto I. O prédio cilíndrico, atualmente transformado em igreja, tem uma cúpula de concreto e uma abertura (óculo) bem no meio. Até poucos anos atrás, esta era a maior cúpula de concreto não armado do mundo, o que a torna um verdadeiro achado da arquitetura.

A Piazza della Minerva fica a menos de um quarteirão de distância do Panteão. É uma praça pequena onde está o Obelisco do Elefante, de Bernini, e a igreja de Santa Maria sopra Minerva. De todas as igrejas que visitei na Itália – e foram muitas – essa tem um dos interiores mais bonitos. Com o teto da nave central coberto de afrescos, a igreja impressiona pela beleza e, principalmente, pela serenidade. Próximo ao altar está uma escultura de Michelangelo, o Cristo portando a cruz, que, como todas as suas obras, impressiona pela riqueza de detalhes.

Fontana di Trevi

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É claro que a maior fonte de Roma também teria a assinatura de Bernini, mesmo que apenas no projeto. A obra sofreu diversas interrupções e só foi concluída em 1762, mais de 100 anos após sua morte. Trata-se da obra a céu aberto mais estonteante de Roma, tanto pela magnitude quanto pela quantidade de detalhes.

Igreja de Santa Maria della Vittoria

Apesar de não estar na rota tradicional dos principais pontos turísticos, esta igreja é muito interessante. Além da fachada e interior belíssimos, nela está exposta uma das obras primas de Bernini. O Êxtase de Santa Tereza choca pela perfeição e quantidade de detalhes. A forma como o manto da Santa foi esculpido é de impressionar mesmo quem não é tão ligado em artes. Vale a caminhada até lá.

Piazza di Spagna

Situada em uma região de comércio de luxo, a Piazza di Spagna tem como atração principal uma longa escadaria. Lá de cima, é possível desfrutar de uma vista belíssima da cidade.

Piazza del Popolo

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Filippo Diotalevi

A praça do Povo fica no norte do centro histórico de Roma, já perto de uma de suas portas. É uma das maiores e mais bonitas. Em forma de elipse, a praça tenta ser simétrica, com esculturas semelhantes dos lados opostos.

A igreja de Santa Maria del Popolo, que fica na praça, tem um interior bastante bonito. Mas os leitores dos romances de Dan Brown saberão que a beleza do interior da igreja não é exatamente o que é buscado ao entrar no templo. Uma das capelas da igreja – se não me engano, a segunda do lado esquerdo – foi projetada por Rafael. De acordo com o livro, este é o único projeto arquitetônico de Rafael e um dos passos do caminho da iluminação (não direi mais nada para não fazer spoiler).

Galeria Borghese

Um dos principais museus de arte da capital italiana está na Vila Borghese, a maior área verde da cidade, que abriga também seu jardim zoológico e está sempre cheia de famílias e esportistas.

A Galeria Borghese é bem menor que o Museu do Vaticano, mas a vastidão da coleção e a riqueza das peças nos consome quase o mesmo tempo de visita. São inúmeras obras de artistas renomados, entre eles Caravaggio e Rafael. Entretanto, as vedetes da galeria são as duas obras primas de Bernini: O Rapto de Perséfone e Apolo e Dafne. Elas representam passagens interessantíssimas da mitologia grega e impressionam pela perfeição dos detalhes. A “marca” do toque de Hades na coxa de Perséfone, por exemplo, não é um jogo de sombras.

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Miles Heller

Vaticano

Minha recomendação é visitar o Vaticano preferencialmente numa quarta-feira. Se não for possível, num domingo. Às quartas acontece uma audiência com o Papa na praça São Pedro e, no domingo, a missa com a bênção em vários idiomas. Se na quarta a praça já fica lotada, imagine no domingo…

A audiência acontece às 10h, portanto, acorde cedo. Se quiser ficar perto do Papa, chegue muito cedo. Você vai, inclusive, conseguir assistir a entrada dele no Papamóvel.

A audiência dura entre 40 minutos e 1 hora. Assim que ela termina, aquele povaréu todo que lá estava caminha, em massa, para dois pontos: a Basílica de São Pedro e o museu do Vaticano. Se você não tinha comprado o seu bilhete para o museu antes, prepare-se para enfrentar uma fila quilométrica. Ou encare outra quase tão grande e vá para a Basílica, onde a entrada é franca.

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Se sua entrada para o museu do Vaticano estiver agendada para um pouco mais tarde, aproveite o tempo livre para passear pela praça. Cercada por uma longa e alta colunata, a praça é um lugar agradabilíssimo: amplo, arejado e super movimentado. Sobre as colunas estão diversas imagens de personagens bíblicos: apóstolos, profetas, anjos…

No centro da praça, emerge a belíssima Basílica. Mas a visão de fora não consegue transmitir a mais vaga ideia do que encontramos por dentro: uma igreja gigantesca, com uma linda nave central e colunas impressionantes.

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Logo ao entrar, vemos à direita, numa capela ao fundo, a Pietá de Michelangelo. Caminhando pelo corredor da nave central encontramos, bem no meio da igreja, uma escadaria que desce para o túmulo de São Pedro. Pouco mais a frente, o primeiro altar, montado numa espécie de coreto, onde só o Papa pode realizar missas. Um pouco mais adiante está o altar principal da Basílica, todo feito em ouro.

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Quando visitamos o Vaticano, agendamos nossa ida ao museu para a tarde. Ele fica aberto até às 17h e o período mais vazio é logo que abre ou perto da hora de fechar. Entramos por volta das 13h e pudemos ver tudo com calma. Mas prepare-se: o museu é bem grande. Há salas com arte medieval, egípcia, etrusca, romana e alguns pátios com jardins muito agradáveis. Reserve pelo menos meio dia para visitá-lo.

A principal atração do museu é a Capela Sistina. Para chegar a ela você passa por salas com peças incríveis: da arte grega clássica até diversos afrescos pintados por Rafael e seus alunos. Já a Capela em si é uma obra absurda, tanto em beleza quanto em complexidade de detalhes. Obviamente o painel do juízo final, no altar principal, é o mais estonteante.

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Rafael Cruz e Silva

RAFAEL CRUZ E SILVA (Convidado especial da série Diário de Bordo)
Mineiro de Sete Lagoas, esse Relações Públicas mora no Rio há 8 anos. Adora viajar e fala sobre isso aqui e no Muito Além da Fronteira. No blog Design Empreendedor, escreve sobre comunicação nas organizações.

 

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