Bom mesmo é se perder em Veneza…
Cansaço. Essa era a palavra que melhor definia nosso estado quando partimos para Veneza. Claro que não estávamos cansados da Itália. O cansaço era físico mesmo. Depois de 3 dias em Cinque Terre fazendo trilhas e subindo muitas ladeiras, estávamos parcialmente esgotados. Mas o ânimo para a próxima fase da viagem estava lá em cima… e restava-nos descobrir o que fazer em Veneza!
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Planejamento
Aqui cabe uma observação sobre o nosso roteiro de viagem, que pode ajudar quem planeja passear pela Itália. Como é um país consideravelmente grande e com muitas cidades e regiões para visitar, você vai acabar tendo que fazer um grande deslocamento em algum momento – a não ser que escolha conhecer a Itália em muitas viagens diferentes. No nosso caso, chegamos em Roma (centro-sul do país), fomos para a Toscana (no centro), Cinque Terre (no noroeste) e Veneza (no nordeste) e voltaríamos para Roma. Sendo assim, em algum momento, teríamos que passar muito tempo viajando. E foi exatamente entre Cinque Terre e Veneza.
NÃO DEIXE DE VER!
Fomos dar uma volta no Salão de Móveis de Milão e contamos aqui pra você tudo de legal que vimos por lá!
Como não há trem direto de La Spezia para Veneza, pegamos um trem para Florença e, de lá, outro para Veneza. Ao todo, contando com viagens e tempo de espera, gastamos umas 5 horas. Ou seja, “perdemos” um dia de férias viajando.
Bom, depois desse longo deslocamento, chegamos ainda mais cansados à cidade dos canais. Mas não menos animados.
Antes da chegada, algumas dicas importantes sobre Veneza. A primeira: hospede-se na ilha principal da cidade. Sim, é mais caro que ficar nas ilhas secundárias ou no continente. Mas todos os principais pontos turísticos estão na ilha principal. Procure hospedagem nos bairros Castello, Cannaregio, Dorsoduro, San Polo e San Marco.
Veneza é um local quase exclusivamente turístico e, por isso, muito caro. O gasto tende a ser igual ou maior que em Roma. Porém, existem opções de alimentação de baixo custo – devidamente relatadas no post sobre restaurantes deste nosso diário de bordo
Também não é um lugar para quem tem preguiça de andar. A cidade é toda pedonal e como opção existem apenas os barcos. Com os táxis aquáticos, que levam para qualquer lugar, e as famosas gôndolas, que se deslocam entre alguns pontos, o passeio será certamente caro. Por uma hora de passeio, os gondoleiros cobram cerca de 100 euros.
Thaiane Pimentel
Parte da cidade se alaga quase todos os dias. Quando a maré sobe, a água toma as ruas. No período em que estivemos lá, a maré alta acontecia de madrugada. Pela manhã, ao sair do hotel, muitas vezes tivemos que enfiar o pé na água… gelada. Para se prevenir, leve galochas.
Chegada
A partir da estação de trem de Veneza, as opções para se deslocar serão diversas. Uma delas é a pé, mas é importante lembrar que será necessário puxar sua grande mala por várias ruas, pontes e escadarias. Além disso, nenhum mapa de Veneza é confiável. As ruas são extremamente confusas e ficar perdido é normal. Mas com uma mala pesada a tiracolo deve ser pior, certo?
Uma segunda opção prática e rápida é o táxi aquático, porém, como já disse, a tarifa é bem cara.
A opção mais econômica é o vaporetto: um barco que percorre todo o Grande Canal e para em várias estações. Além de ser um transporte útil e eficiente, esta é uma das maneiras de conhecer vários prédios famosos de Veneza, cujas fachadas ficam viradas para o canal.
O que fazer em Veneza
A cidade é completamente diferente de tudo que você já viu. Todas as ruas são canais.
Em épocas que o estado italiano não era unificado, Veneza era o ducado mais rico do país. Principal porta de entrada terrestre da Ásia para a Europa, Veneza ficou famosa pela riqueza de seus comerciantes, devidamente retratada na obra O Mercador de Veneza, de Shakespeare. A Mona Lisa, por exemplo, era a esposa de um mercador veneziano.
O tempo passou, mas parece que Veneza não perdeu o tino comercial. Exceto pela basílica de São Marcos, as principais atrações turísticas de cidade cobram entradas bem caras. Entre elas estão o Palazzo Ducale e o Museu Correr.
Os pontos públicos mais famosos são a Piazza San Marco, onde fica a basílica, e os Giardini della Biennale, ao final da ilha principal, bem perto da entrada pelo Adriático.
Além deles, vale conhecer o bairro Castello – área tradicional da cidade, onde se concentra boa parte dos moradores de Veneza – e o Campo Santa Margherita – região estudantil típica da boemia veneziana.
No mapa acima estão marcados os principais pontos turísticos da cidade e os restaurantes que visitamos e recomendamos. (Clique no mapa para ampliar)
Piazza San Marco
Trey Ratcliff
Esta é certamente uma das mais belas praças de toda a Itália. Cercada por prédios onde atualmente funcionam museus e a biblioteca municipal, o espaço tem ao fundo a basílica de São Marcos e o Palazzo Ducale. Os cafés têm apresentação de música clássica quase 24 horas por dia.
A praça como conhecemos hoje começou a ser construída no final do século XII, quando alcançou a forma e tamanho atual. A reforma foi realizada a pedido do papa Alexandre III.
Por ser o ponto mais baixo de Veneza, a praça é inundada quase todos os dias. Um sistema de drenagem tenta capturar a água, mas não consegue fazê-lo com agilidade.
Basílica de São Marcos
Sorin Popovich
Uma das igrejas mais ricamente adornadas de toda Itália, esta construção impressiona principalmente pelos tetos da nave central e da cúpula. Chama atenção a variedade de estilos artísticos no interior da basílica: há pinturas e afrescos da Idade Média e outros do Renascimento, o que lhe confere uma riqueza muito grande.
A visita à igreja é gratuita. Mas como o veneziano não perde a oportunidade de cobrar por alguma coisa, duas seções no interior da basílica só podem ser conhecidas mediante pagamento: o segundo andar, que sedia o museu da igreja e de onde se tem uma vista incrível para a praça São Marcos, e a sala onde estão guardadas relíquias de alguns santos. Mesmo incluindo essas duas áreas, a visita à basílica não é demorada. Infelizmente, é proibido fotografar seu interior.
Giardini della Biennale
Steve Cadman
Os Jardins da Bienal são uma das maiores áreas verdes da cidade. Porém, seu estado de conservação não é dos melhores. Ali, acontece a Bienal de Arquitetura de Veneza, quando parte dos jardins ficam fechados, restritos apenas ao público que pagou ingresso para o evento.
De qualquer forma, o espaço vale a visita até por estar no bairro Castello, um dos mais charmosos de Veneza. La vivem boa parte dos moradores da cidade. Na rua principal do bairro, Riva Degli Schiavoni, acontece diariamente uma feira onde vende-se de tudo um pouco: frutas, verduras, legumes, flores, massas e pescados.
Passeio de vaporetto
Michael Holler
Um dos passeios mais divertidos e acessíveis de Veneza acontece a bordo do vaporetto. Ao longo do percurso, é possível ver alguns prédios famosos da cidade cujas fachadas estão viradas para o Grande Canal. Entre eles estão os palácios Barbaro, Dario, Barbarigo e Venier dei Leoni, e as famosas casas Foscari, Rezzonico e Ouro.
Ponte de Rialto
Das quatro pontes que passam sobre o Grande Canal, a mais antiga e famosa e a Ponte de Rialto. Por muito tempo, esta foi a única ponte que passava sobre o Grande Canal.
A construção deve seu nome ao bairro de Rialto, onde até hoje funciona um dos maiores mercados de Veneza. A ponte como conhecemos atualmente, com suas estátuas de anjos, foi concluída no final do século XVI.
Continue essa viagem conosco clicando no próximo destino:
- La dolce Itália: meu guia de restaurantes
- Dicas de bordo para uma viagem tranquila
- Roma, cidade eterna
- Sob o sol da Toscana e o colorido de Florença
- Cinque Terre: o tesouro da riviera italiana
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